A VOZ DO MOVIE
Blindness
“Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos façamos tudo para não viver inteiramente como animais.”
O que aconteceria se toda a estrutura social que temos como certa, ou uma coisa simples como nossa visão, nos fosse tirada?
Como reagiríamos? E as pessoas ao nosso redor?
Ensaio sobre a Cegueira nos faz pensar sobre isso.
José Saramago nos faz “ver” em seu livro, que é nos maus momentos que o ser humano mostra o que existe de pior em si. A crueldade e os defeitos de cada personagem vão sendo revelados à medida que a situação se agrava o que faz com que a história não fuja da realidade que temos ao nosso redor. Don Mckellar conseguiu manter essa característica na versão que escreveu para as telonas, o que deixa o roteiro interessante.
Dirigido por Fernando Meirelles, brasileiro, que tem em seu currículo grandes produções como Cidade de Deus, o longa se transformou em uma verdadeira metáfora sobre a nossa sociedade.
Uma epidemia de “cegueira branca” (os infectados vêem tudo como se tivessem mergulhado em um copo de leite) se espalha em uma cidade fictícia, que poderia ser qualquer lugar. Os órgãos de saúde entram em caos, não conseguem achar cura para a doença, que é muito contagiosa (bem mais que o Influenza).
Os infectados são colocados em quarentena em um sanatório desativado e à medida que o vírus avança e faz mais vítimas o local vai ficando cheio, faltam comida e medicamentos o que faz com que uma verdadeira guerra aconteça. Entre os cegos, está a esposa de um médico (interpretada por Julianne Moore), que por amor a ele (Mark Rufallo), se infiltrou entre os doentes e misteriosamente é imune a doença. É através dos olhos dela que vemos o filme. Ela é testemunha de toda a doença e crueldade que passa despercebida aos outros: mortes, assassinatos, estupros, roubos...
Uma característica interessante do livro, e posteriormente do filme, é que os nomes dos personagens não são citados. Eles simplesmente são chamados por suas profissões, ou outros referenciais (o médico, a mulher do médico, a mulher dos óculos escuros, o ladrão...) porque cegos todos são iguais, classe econômica, cor, aparência ou nomes, não interessam.
É uma fábula sobre a importância de ter olhos numa terra de cegos, e o que torna o filme interessante, e ao mesmo tempo apavorante, é que tudo que vemos ali poderia se tornar realidade.
“Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos façamos tudo para não viver inteiramente como animais.”
O que aconteceria se toda a estrutura social que temos como certa, ou uma coisa simples como nossa visão, nos fosse tirada?
Como reagiríamos? E as pessoas ao nosso redor?
Ensaio sobre a Cegueira nos faz pensar sobre isso.
José Saramago nos faz “ver” em seu livro, que é nos maus momentos que o ser humano mostra o que existe de pior em si. A crueldade e os defeitos de cada personagem vão sendo revelados à medida que a situação se agrava o que faz com que a história não fuja da realidade que temos ao nosso redor. Don Mckellar conseguiu manter essa característica na versão que escreveu para as telonas, o que deixa o roteiro interessante.
Dirigido por Fernando Meirelles, brasileiro, que tem em seu currículo grandes produções como Cidade de Deus, o longa se transformou em uma verdadeira metáfora sobre a nossa sociedade.
Uma epidemia de “cegueira branca” (os infectados vêem tudo como se tivessem mergulhado em um copo de leite) se espalha em uma cidade fictícia, que poderia ser qualquer lugar. Os órgãos de saúde entram em caos, não conseguem achar cura para a doença, que é muito contagiosa (bem mais que o Influenza).
Os infectados são colocados em quarentena em um sanatório desativado e à medida que o vírus avança e faz mais vítimas o local vai ficando cheio, faltam comida e medicamentos o que faz com que uma verdadeira guerra aconteça. Entre os cegos, está a esposa de um médico (interpretada por Julianne Moore), que por amor a ele (Mark Rufallo), se infiltrou entre os doentes e misteriosamente é imune a doença. É através dos olhos dela que vemos o filme. Ela é testemunha de toda a doença e crueldade que passa despercebida aos outros: mortes, assassinatos, estupros, roubos...
Uma característica interessante do livro, e posteriormente do filme, é que os nomes dos personagens não são citados. Eles simplesmente são chamados por suas profissões, ou outros referenciais (o médico, a mulher do médico, a mulher dos óculos escuros, o ladrão...) porque cegos todos são iguais, classe econômica, cor, aparência ou nomes, não interessam.
É uma fábula sobre a importância de ter olhos numa terra de cegos, e o que torna o filme interessante, e ao mesmo tempo apavorante, é que tudo que vemos ali poderia se tornar realidade.
