A VOZ DA ARTE
(André Luiz Ramalho da Silveira)

Andrezinho meu amigo parabens, tens muito futuro
…Enquanto isso.
Já vai mais um instante, mais uma novidade que sobrevive,
Na lateral de um entrave, na noite de uma costa em declive;
Sou mais aquele talvez que de solavanco como um solstício desponta,
E permaneço como sombra de auto sabotagem, cujo rastro a mim remonta.
Enquanto isso desisto do meu desespero, à orla de seu suplício.
No perdão que não peço a mim, sou o próprio enquanto vazio de uma solidão…
Como ilusão imputada à seu comício, cuja calamidade impele-me ao vício.
Sirvo-me de algoz à própria sorte, abandonado ao reflexo de uma retidão…
Sem um próprio motivo para entregar a morte à vida,
Sem um próprio motivo para entregar a vida à morte,
A cada instante constato na existência o esvaecer de uma alteridade doída.
Donde perco a disposição de perder-me nos detalhes erigidos de toda situação,
Donde se constrói o próprio amor, destruído à forja de esmolas por qualquer inação,
Donde se é banido do próprio acontecer, tornando-se espectador da própria consternação.
Parabens ao André. Não sou um adimirador de poemas, mas sei reconhecer um bom quando o vejo, e esse com certesa é um dos bons. Tens futuro rapaz.
ResponderExcluirAbraços.
bah, valeu velho!
ResponderExcluirvaleu mesmo.
abraço.
André.