
FERRONY
(Alessandro Ferrony)
Universitário = universo otário
Meus queridos leitores, vocês já repararam como nos últimos tempos a palavra “universitário” vem sendo usada de forma pejorativa? Deve ser armação de algum grupo de influentes que se acham donos do poder, dos meios de divulgação e/ou de produção. Deve não, com certeza é.
Na verdade, não importa quem são os autores, o que incomoda é que ser ou ter sido universitário já não é mais sinal de status ou valorização profissional. Quem acompanha o noticiário nacional viu, por exemplo, o que os homens da capa preta fizeram com o diploma de jornalista. E vem mais desregulamentação por aí, em nome de uma suposta democratização. De araque, de araque...
Meus queridos leitores, vocês já repararam como nos últimos tempos a palavra “universitário” vem sendo usada de forma pejorativa? Deve ser armação de algum grupo de influentes que se acham donos do poder, dos meios de divulgação e/ou de produção. Deve não, com certeza é.
Na verdade, não importa quem são os autores, o que incomoda é que ser ou ter sido universitário já não é mais sinal de status ou valorização profissional. Quem acompanha o noticiário nacional viu, por exemplo, o que os homens da capa preta fizeram com o diploma de jornalista. E vem mais desregulamentação por aí, em nome de uma suposta democratização. De araque, de araque...
Hoje em dia quando me perguntam sobre a minha profissão eu não digo mais que eu sou jornalista, até porque atualmente exerço esporadicamente e não vou ficar mentindo que faço tal coisa só porque tenho tal titulação. Digo por aí que sou webdesigner freelancer ou que trabalho com desenhos animados, dependendo da ocasião e da conveniência. Pega bem melhor e ainda ajuda a catar aquelas gordas de cabelo curto que usam óculos de armação robusta. Uma tara ocasional, que me perdoem os fetichistas. Mas voltando ao foco...
Agora até na música deram pra rotular as porcarias assim: primeiro surgiu o Falamansa e pimba... forró universitário! Em seguida, playboys usando camisas Ralph Lauren que se perfumam com Hugo Boss e fazem limpeza de pele cataram uns pandeiros e... tá lá, pagode universitário! E nos últimos tempos, pra completar a lambança, eis que surge uma horda de metrossexuais saídos da roça executando a mais nova fórmula para o sucesso: iniciam a carreira lançando DVDs gravados ao vivo em lugares que a gente nunca ouviu falar... eis o sertanejo universitário.
Ou seja, banalizaram aquilo que um dia foi sagrado: o termo universitário hoje em dia é isso, um xingamento. Com a profusão de instituições de ensino superior particulares oferecendo a maior variedade de cursos possível, alguns sem qualquer fundamento, objetivando somente engordar os cofres dos reitores, todo mundo virou universitário, até a música. E uma palavra que poderia sim ser aplicada no universo musical, mas como elogio, pra definir algo de vanguarda, diferenciado e de qualidade, serve só pra vender subprodutos da indústria fonográfica.
Desse jeito, é melhor ser um analfabeto do que um universitário!
Hoje em dia o cara se mata pra entrar numa federal, e depois ainda tem que ouvir coisas do tipo "fácil, qualquer um faz faculdade hoje..."
ResponderExcluirBanalização completa do que antes era o reduto intelectual. Não é difícil ver gente fazendo letras sem nunca ter lido uma linha de qualquer livro que seja, nem de ver os caras da engenharia que mal sabem o que significa teorema de pitágoras. Talvez por causa destes imbecis, que mancham o nome das instituições particulares {que não fazem o menor esforço para oferecer um ensino de qualidade} que muita gente que tem bolsa pelo Prouni, e que ralou pra conseguir tal feito, seja tão injustamente discriminada.
Bah, vão dizer de novo que temos richa, mas sei lá, não vejo o termo de forma pejorativa. Na verdade, ele se deu porque é o público que curte esses estilos, em grande maioria universitário. E acabou pegando, vira moda e tu sabe como é a moda. Mas poderia ser pagode acadêmico, popular, sertanejo dos guetos? Sei lá, acho que não. A mídia, as cabeças pensantes dela, aproveitam um momento pra criar um nome... Foi assim no evento Ghignattão, lembra?
ResponderExcluirO lance mais uma vez vai aos gostos de cada um e vira uma discussão vazia tipo grenal...
Vinícius