segunda-feira, 2 de novembro de 2009


REREVOLUÇÃ0

(Matheus Tatsch)

Calor
tanto o tempo se passou
que esqueci o que é o tempo
tanto tempo se alastrou
que esqueci o quão quente é o vento
sufocado por átomos
estrangulado, imundo
isso é um bimundo
e não sei sobre qual estávamos
penas no meu hálito
pretas flores florescem
enquanto eu, de hábito
chorando acordo, saudades cem
as cidades, magestrosas
os jardins, as rosas
os beijos e canções amorosas
tudo pra trás, tragédica prosa
a alegria da igualdade
mesmo no mundo desigual
minha raça, idéia, religiosidade
era, perante todos, legal
e nós aqui, de tantas raças
vivendo a par de ameaças...
nada menos é a nostalgia
que relembrar momentos
fortes, intensos; intentos.
um mundo de magia.

Mignon de Goethe me incentiva
porque sua razão sim uiva!
Nur wer die Sehnsucht kennt,Weiß was ich leide!
não é o bater dos dentes
que me dá saudade
é saber, que estou, entendes...
de volta ao "Brasil" de Andrade!

3 comentários:

  1. Será que ainda existem adjetivos que ainda não usei? E-X-C-L-E-N-T-E!

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  2. Olha meu amigo, estao me faltando os adjetivos tambem, nao quero ser repetitivoo, mas o que posso dizer...BRILHANTE

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  3. E ai, meu guri.
    Outros momentos de temperatura amena virão, e vão te desafiar para outras belas poesias como esta.

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