sexta-feira, 20 de agosto de 2010


XISNegrito
(Leticia Pereira)
Entenda o poder judiciário Brasileiro
O "desaparecimento" de Eliza Samudio gerou, tem gerado e ouso dizer que ainda vai gerar, muita especulação da polícia, do povo e dos meios de comunicação. O que é compreensível, já que o “caso Bruno” a cada dia envolve mais mistérios, violência e abre portas para inúmeras discussões.Quem acompanhou o caso, viu um espetáculo de informações, todo mundo era suspeito: amigo, família, ex-amante, amante atual, esposa...
Lembre que inicialmente indícios, e não convicções indicavam que o goleiro do Flamengo não era tão inocente quanto alegava.
Mas, a polícia, desde o principio das investigações, o apontava como culpado. Por que? Simplesmente porque tem o poder de fazer isso. Pode falar e fazer o que quiser: chamar fulano de ladrão, ciclano de assassino, ainda que contrarie os direitos constitucionais do cidadão. Por que? Porque o que é falado por eles somente terá validade se corroborado na Justiça, sem que as ofensas morais impliquem em dano para a autoridade policial, ainda que o acusado seja inocentado.
E assim “funciona” o poder judiciário no nosso país.
Quem ganha com isso é a imprensa. Nós podemos enfiar goela abaixo do público as conclusões policiais, para posteriormente, se necessário, colocar a culpa nas chamadas fontes oficiais. Pra que perder tempo tentando ser imparcial? Publica aí o que os "homi" disseram, qualquer coisa, foram eles que falaram. Ah, como seria bom sempre poder colocar a culpa na fonte! Ainda mais quando esta é atrapalhada, seduzida e se vende fácil para a mídia.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pessoal é com uma enorme satisfaçao que lhes apresento a colunista do dia de hoje. Ela é uma grande historiadora, escritora e blogueira( http://www.renatadiniz.blogspot.com/) . Entao por isso eu digo, seja Bem Vinda Renata e obrigado por abrilhantar nosso blog.




Memórias Reveladas
(Renata Diniz)
“Em Brasília, 19 Horas”
A disposição que faz ceder o interesses do ego à comunidade é a condição indispensável para a existência de toda civilização humana. Só ela pode criar as grandes obras da humanidade, que ao fundador pouca recompensa trazem, as maiores bênçãos porém às gerações futuras. Só esse sentimento é que explica como é que tantos indivíduos podem suportar honestamente a Política. Todavia, a miséria, a pobreza e a vaidade, quase sempre, firmam para a coletividade as bases da Política. Cada operário, cada camponês, cada inventor, cada funcionário, que vai trabalhando, sem chegar nem uma vez à felicidade ou ao bem-estar, é um expoente desse elevado ideal, mesmo que nunca venha a penetrar o sentido profundo de seu proceder. Enquanto a administração pública se manifestar desta maneira, faltará a base para a formação de uma sociedade sob a forma mais evoluída da cidadania. Já a comunhão entre o digno e o politizado exige uma extensão do caráter para além da desenfreada ambição.

O político, por vezes, procura alimento para o filho mais que para os filhos da Pátria. Não há proteção para o cidadão nem muito menos verifica-se, embora elementar, um espírito de sacrifício do governante pelo bem da Nação. No momento em que este espírito de sacrifício ultrapassasse o quadro estreito da vaidade e usura estabelecer-se-ia condições para a fundação de maiores sociedades e, enfim, de verdadeiros Estados. Os povos mais atrasados da terra também estão na política. Quanto mais aumenta a disposição a sacrificar-se por interesses puramente pessoais, tanto mais se desenvolve a capacidade para erigir comunidades menos importantes e mais pobres. Por si mesmo, o político não se caracteriza por ser um homem mais bem dotado intelectualmente, mas, sim, pela sua disposição em pôr todas as suas faculdades ao serviço da comunidade. Se assim for feito, a Política alcançará a forma mais nobre, submetendo-se à vida da coletividade, sacrificando-se se o momento exigir.

A razão da faculdade civilizadora e construtora da Política não reside nos dotes intelectuais. Se ela nada possuir fora disso só poderá agir como destruidora e não como organizadora, pois a significação intrínseca de toda organização política repousa sobre o princípio de que cada indivíduo faz de sua opinião e de seus interesses pessoais em proveito de uma pluralidade de criaturas. Só depois de trabalhar pelos outros, recebe ele novamente a parte que lhe toca. Não trabalha mais, diretamente para si mas incorpora-se com o seu trabalho no quadro geral da coletividade visando não o seu proveito mas sim o bem de todos.

A ilustração mais admirável de semelhante disposição encontra-se na palavra trabalho que para a arte da política não representa absolutamente uma atividade visando somente a manutenção da máquina administrativa, mas uma criação que vai de encontro aos interesses da generalidade. Em caso contrário, as ações governamentais chamam-se furto, usura, roubo, assalto, etc.

Outrora dizia-se "Em Brasília, 19 horas". Hoje o som da abertura da Voz do Brasil, criado por Getúlio Vargas, ganhou outro tom dito por "Sete horas em Brasília". Alimentemos a devoção cívica com otimismo e aguardemos também mudanças no tom da Política!

terça-feira, 17 de agosto de 2010



Futebol e eu= óleo e água

(Rogerio Mielke)

Eu e o futebol realmente somos como água e óleo, não combinamos. Bem que eu gostaria que isso fosse ao contrario e poder assim ter assunto pra conversar com a massa futebolística. Eu não condeno as pessoas serem tão apaixonadas por futebol, eu condeno o fato de muitos acharem que eu, por exemplo, tenha que ser também.

Eu falo isso tudo pelo fato de não importar o lugar que tu esteja, ou com quem tu esta falando a hora que faltar assunto sempre vai ter um que vai perguntar: e o teu time hein? Ai tu fala, esta bem né? Mas ele não esta bem, porque eu não tenho time, não gosto de futebol, nem sei o que é um impedimento e também não entendo porque ninguém passa a bola para aquele rapaz que corre tanto e tem uma camiseta marca texto amarela.

O fato de eu não gostar de futebol não indica que eu não goste de esporte algum, eu sei que não precisaria explicar isso, mas muita gente acha que futebol é o único esporte que existe, é só ver através dos programas esportivos que passam na televisão. Esses programas tem nomes como :Esporte total por exemplo, mas só falam em futebol. E os outros esportes que compõem a palavra esporte e a palavra total porque não são citados.

Por isso eu escrevo esse texto como um desabafo, me sinto um pingo de óleo em um mundo de água. Bem que eu gostaria de saber mais de futebol e poder participar das conversas, mas infelizmente nasci sem esse gosto. A sorte é que tudo na vida são prós e contras, pelo menos posso dedicar essas horas perdidas na frente da TV à minha namorada, família e a mim mesmo.