quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Conto da Vez

Hoje nós teremos um conto surpreendente escrito pela grande escritora Mariângela Padilha, que é Funcionaria Publica na cidade de Pouso Alegre em Minas Gerais. Seja bem vinda Mariangela e obrigado por nos brindar com esse conto magnifico.


CONTO DA VEZ

(Mariangela Padilha)

CILADA

O copo cintilava em cima da pia. Veneno de rato dissolvido em suco de laranja. Que idiotice! Que importava o gosto? Eu ia morrer mesmo. O telefone me tirou dos pensamentos.Guardei o copo rapidamente no armário.

-Alô. Querida? Fui promovido!Vamos comemorar...

Era Roberto, meu marido.Conversei com naturalidade, não podia decepcioná-lo, em seguida, desliguei. Ia preparar um jantar de comemoração. O suicídio ia ficar para amanhã.Desde que descobri que tinha Aids minha vida virou um inferno.Não podia ser um transtorno para a família. Roberto era um marido exemplar, meu filho Douglas, uma criança adorável e meu pai, o velho Alfredo, homem íntegro e amigo. Novamente o telefone.

-Alô.Dona Sonia Rebelo?


-Sim, eu mesma.Quem fala?

-Aqui é do laboratório Brasil. A senhora fez um exame de sangue há três dias. Os resultados foram trocados por um funcionário inexperiente. A senhora não está doente. Seu exame deu negativo.

Não escutei mais nada. Eu não ia morrer! Deus! Foi Deus que tirou aquele copo de minhas mãos.Fiz um jantar inesquecível.Filé a milanesa como Douglas gostava.Arroz de forno, batatas grelhadas, vinho tinto e musica romântica.Eram 23 horas quando finalmente eu e Roberto ficamos a sós.Olhares cúmplices, atrevidos, correria, nosso joguinho começara. Pega-pega, roupas pelos cantos, gemidos.Parecia a melhor de todas as noites. Nossa melhor performance!Amanheceu! Era domingo e o relógio batia dez badaladas. Olhei para o lado, Roberto já tinha levantado. Vesti o roupão branco e fui até a cozinha.

-Bom dia amor. Dormiu bem?

Ele me deu seu melhor sorriso.Meus três amores sentados à mesa do café.

-Olá papai, que bom vê-lo. Querido, por que não me acordou? Eu faria o café de vocês.

-Nada disso. Fizemos um bolo de chocolate. Venha, experimente. Está delicioso.

-Mamãe. Eu arrumei a mesa. É a toalha que você gosta.

-Senta filha, antes que o café esfrie.

Os copos limpos no armário.O armário...aberto. O copo. Deus! O copo de veneno em cima da mesa... Um restinho de líquido amarelo... Quase vazio... Vazio...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Profissional da vez

A coluna profissional da vez de hoje, tem orgulho de apresentar: LAURO GOMES CORRÊA, consultor de empresas, formado em três cursos, com experiência profissional nas três áreas. Sua primeira graduação foi em Ciências Contábeis na FACECA/UNIVALE em 1985, instituição que formou-se também em Administração em 1990, e completando seu currículo superior, concluiu o curso de Direito na UNISC, em 1997. É pós-graduado em Administração e Mestre em Gestão de Negócios.

PROFISSIONAL DA VEZ

(Lauro Gomes Corrêa)

Formar-se em todos estes cursos tem explicação, “sempre quis ser consultor”, mesmo antes de conhecer as áreas administrativa e jurídica.
Optou pela primeira, porém queria conhecer mais sobre o ambiente jurídico. Motivo de transtorno, pânico para jovens, a mudança de cidade, do ambiente secundário para uma faculdade, não teve maiores problemas para o Administrador e atual Delegado do CRA em Cachoeira do Sul, pois era um aluno muito aplicado, estudioso e educado, e sempre gostou de desafios.

Nunca gostou de colar nas provas e lembra que uma vez, lá no inicio da faculdade, colou de uma colega em virtude de não ter estudado para a prova porque estava envolvido com atividades profissionais anteriormente, porém a nota foi um vexame e daí pra frente desistiu desta estratégia para sempre e, posteriormente, quando foi professor nos cursos de Administração e Contábeis da UNIVALE/ULBRA e da UERGS, dificultava ao máximo o uso da “cola” pois entende que o aluno, pensando enganar o professor, está enganando a si mesmo e prejudicando assim a sua formação profissional em todo os sentidos.

Sobre o curso de Administração, comentou sobre a evolução de foco das universidades, que em sua época de formação o Administrador era preparado para fazer concurso público ou quando muito um executivo, no entanto hoje, o foco está voltado para o empreendedorismo, seja como empresário ou como profissional liberal. No âmbito pessoal, o entrevistado de hoje é casado há 22 anos, tem um filho com 20 e uma filha com 14 anos, atribui a importância da família na estabilidade emocional para vencer os desafios que se apresentam nas mais diversas formas.

De bate pronto, respondeu em poucas palavras, a estes questionamentos.
Ídolo: Meu pai
Signo: Touro
Político: Fernando Henrique Cardoso
Filme: A Profecia Celestina
Ator: Lima Duarte
Atriz: Totia Meireles
Cantor: Roberto Leal
Cantora: Thalia
Animal: Cachorro
Família: Alicerce da vida
Mulheres: Razão da existência dos homens
Amigos: Valor imensurável
Frase: Você pode se pensa que pode.
Uma mensagem aos jovens :
A beleza da vida está na humildade de aceitarmos que o Universo está a nosso favor, fazendo aquilo que determinarmos para nossas vidas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009


A VOZ DA GALERA
(Fernanda Fernandes)

Quem ja não viu o vídeo da cantora Vanuza cantando o hino nacional? Dificilmente alguem dirá que não, já que o mesmo se tornou febre na internet e apareceu em vários programas, inclusive no aclamado top five do excelente CQC.

O vexame da cantora, que segundo ela foi motivado pelo uso de medicamentos fortes, me fez pensar em algo que ja tinha notado há muito tempo: grande parte da população brasileira não sabe cantar todo o hino, e quando sabe, não tem a menor idéia do que está falando.

A linguagem rebuscada, cheia de floreios, não condiz com nossa linguagem atual, moderna e bem mais prática.Aquela cena classica, de jogadores de futebol mal mexendo a boca, tão criticada por alguns, na realidade, vista por esse ângulo, é bem compreensível.
Seria melhor se nosso hino, símbolo da nossa pátria, ganhasse uma nova versão, uma modernizada. Talvez assim, situações como a da cantora Vanuza pudessem ser evitadas.

E pra quem acha que o que eu disse é um ultraje ao patriotismo, ou uma ignorancia, saibam de uma coisa: ultraje é uma nação não saber seu hino, e ignorância é achar que a culpa é do povo.


Galera, pra quem quiser mandar sugestões de pauta, ou simplesmente dar sua opinião sobre a coluna, ta aí meu email: nandinha_smurffet@hotmail.com

sábado, 26 de setembro de 2009





MISTO QUENTE

Um salve ao malandro
Hoje vou falar de um artista que considero um dos mais completos da guarda antiga e nova. Eu nao escondo de ninguem o quanto sou fan do Chico Buarque. Esse cara, hoje somente envolvido com a literatura, é um dos maiores artistas multiplos que o Brasil já teve.

Bom, começando a falar de suas multiplas habilidades, nao poderia deixar de falar do cantor Chico Buarque. Com uma discografia imensa, ele possui sucessos que sao regravados até hoje, como a musica Cotidiano por exemplo, que foi grande sucesso atraves da voz do Cantor Seu Jorge. O cantor e compositor Chico Buarque possui sucessos consagrados como os sambas: Deus Lhe Pague, Construçao, O que será, Vai passar e entre outros incontaveis hinos.

Chico Buarque tambem escreveu uma das peças teatrais mais famosas do Brasil chamada de A Opéra do Malandro, que um tempo depois virou filme consagrando um dos maiores atores do Brasil, Edson Celulari. Esse filme musical conta a historia do Malandro Max Oversize, que com aquela malandragem que só os brasileiros possuem, se dava bem em todos as confusoes que arrumava. O filme é lindo e possui no elenco: Elba Ramalho, Ney Latorraca, Claudia Ohana, Claudia Gimenez e entre outros. As danças magnificas foram todas coreografadas pelo grande Carlinhos de Jesus.E a historia e as musicas foram todas feitas pelo grande Chico.

Terminando os multiplos talentos de Chico, ressalto a grande habilidade do mesmo como escritor. Ele que escreveu um dos melhores livros do ano ,na minha opiniao, chamado de Leite Derramado. O livro mostra a sensibilidade do autor e cantor, em uma historia que nos prende do Inicio ao fim.

Realmente eu tenho orgulho de morar no mesmo País da artistas como Chico Buarque

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

XIS
(Leticia Pereira)


Terror e Suspense
do jeito que a gente gosta

Ninguém resiste as cenas de suspense, aos gritos, as perseguições, ruídos ou até mesmo silêncio absoluto, o que dá aquele clima tenso que os aficionados adoram. Nós gostamos de sentir medo, gostamos de acreditar nas coisas absurdas que vemos na telas. O gênero terror-suspense (como conhecemos hoje) vem se adaptando e evoluindo desde a década de 70.

Quem não se lembra da história da menina de 12 anos possuída pelo demônio? O Exorcista, lançado em 1973 até hoje é citado como um grande clássico do gênero. O Massacre da Serra Elétrica atingiu inacreditável sucesso ao chocar o público em 1974 com seu realismo cruel. A história aterrorizante, baseada em fatos reais, é considerada por muitos como um dos maiores suspenses de todos os tempos, tornando-se marca registrada do gênero de terror, o que influenciou incontáveis filmes. Dois anos depois em A Profecia, um marido preocupado em não chocar a esposa contando que o filho deles morreu durante o parto, adota um recém-nascido de origem desconhecida, sem saber que a criança era o AntiCristo em pessoa. No mesmo ano, Carrie-A Estranha, jovem dotada de poderes extra-sensoriais, rejeitada por todos nos comove e nos apavora.

Na década de 80 o psicopata Jason Voorheess aparece pela primeira vez no Lago Cristal para amedrontar uma colônia de férias em Sexta-Feira 13 e a história faz tanto sucesso que é contada em oito filmes até 1993 em Jason Vai Para o Inferno- A Última Sexta-Feira 13 (que não seria a última, em 2002 surgiu Jason X e a ppuco tempo a Paramount Pictures trouxe de volta as telas o assassino da máscara de hóquei).

Em 1982 os filmes de fantasma vêm com tudo. Poltergeist - O Fenômeno levanta os cabelinhos da nuca de milhares de pessoas com a história da família visitada por fantasmas em sua casa. Já em 88 o que apavora é o Brinquedo Assassino. Um serial killer é morto em um tiroteio com a polícia, mas antes de morrer utiliza seus conhecimentos de vodu e transfere sua alma para um boneco. Claro que você se lembra do “adorável” Chuck. O enredo sangrento e cruel repete o sucesso de Jason e continua em Brinquedo Assassino 2 (1990), Brinquedo Assassino 3 (1992), A Noiva de Chucky (1997) e O Filho de Chucky (2004).

Na década de 90 surge o “terror teen” (garotos fortinhos e safados e garotas lindas e bobinhas). Pânico (1996) e Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado (1997) foram grande sucesso de bilheteria. As histórias dos jovens que começam a receber ligações de maníaco que faz perguntas sobre filmes de horror, matando quem erra as perguntas e dos quatro adolescentes que atropelam e supostamente matam um desconhecido, depois jogam o corpo dele no mar foram sucesso de bilheteria, e formaram um padrão nos filmes de terror que é seguido até hoje.
Encerrando a década com chave de ouro temos O Sexto Sentido. Lançado em 1999, o filme é um dos exemplos de “suspense inteligente”. No Brasil, o filme foi líder absoluto de público, tendo liderado o ranking semanal por mais de 2 meses e levando aos cinemas mais de 4 milhões de pessoas, tornando-se o filme que mais expectadores teve em 1999.

A mistura de todos esses filmes resulta nos grandes sucessos que surgiram nos anos 2000, como Os Outros (2001), a série Jogos Mortais (2004), O Albergue (2005), O Exorcismo de Emily Rose (2005), O Orfanato (2007), a Órfã (2209)...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ENTRE ASPAS
(Pablo Raphael Severo)
CTG
Final de semana, descanso para uns, festas e agitação para outros. Semana Farroupilha, semana passada, não me é difícil admitir isso. Não tenho preconceito contra o quem gosta ou não. Apascento alguns com todo critério, mas confesso no pré-baile tive receio de não gostar, aliás estava com uma garota que adorava baile. Desejo de ir cultivar nossas tradições, ou pelo menos ir a um CTG, experimentar. Para piorar não sabia dançar o que é hoje um cara que não sabe dançar, ou não quer aprender?

Excluído, afastado, distante das prendas, a quem atrai nossos olhares. Não sei dançar estilo gaúcho, portanto tenho tesão, para que alguém ensine, aliás quem sabe deveria ter como obrigação sentimental de conduzir o desorientado para o meio do salão. Até ai tudo bem, tinha uma professora, paciente, mas faltava a indumentária gaudéria, isto não é problema, tudo se da um jeito, pedimos emprestados, alugamos botas, improvisamos, mas entramos.

Felizmente entrei no baile, lotado, o salão repleto de casais, envolvidos nas trocas de encaradas, sorrisos, e outros tentando não olhar para o chão, indelicado nenhuma menina gosta, mas compreensão, clamo. Dancei, bebi, ou melhor, inverte, tomei umas depois arrisquei uns passos, não fui muito bem, porém recebi um elogio que estava no caminho certo, educada era ela, não iria reprimir seu peão, passou-se algumas horas, o baile termina, todos sem exceção, vão para seus recintos, maioria para casa, a minoria, mas empolgada estende a madrugada, voltei com o dever cumprido, fui na semana farroupilha, gostei, já terei minha pilcha, e ‘quando aprender’ serei uma melhor companhia, como foi esta guria naquela noite comigo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

REREVOLUÇÃO

Pessoal, hoje começa a coluna do vestibulando Matheus Tatsch...Ele que ficou 1 ano na alemanha fazendo intercambio e acabou de chegar, vai nos brindar com suas prosas e poesias. Abraços a todos e fiquem com a poesia de hoje.

REREVOLUÇÃO

(Matheus Tatsch)

Eu sou um poeta das ruas
das metrópoles, selvagens metrópoles
só conheço, no chão, os corpos moles
e nos becos, as crianças nuas

Eu sou um poeta da selva
da biologia, só conheço a competição
e do "nós menos um", a subtração
eu existo, sem voto de minerva

Agora sou um poeta com uniforme; CALCULAR !
Eu sou um poeta do curso, fazendo vestibular
domino todo (o) mundo,
mas não a realidade
o resto é imundo,
se "x = saúde mais idade"

Tenho todas as fórmulas, eles a fome
Passar! - Passar! - Passar!
Mesmo sem nome

Eu não sou um poeta
fazendo vestibular.

domingo, 20 de setembro de 2009




A VOZ DA GALERA
(Fernanda Fernandes)

O que você sente quando ouve tocar o hino do Rio Grande do Sul? 20 de setembro. Hoje é dia de relembrar os feitos históricos do nosso povo, de celebrar o amor por este estado que nos orgulha, que tem o solo mais fértil do país, as mulheres mais belas, os homens mais corajosos...

Um estado em que todos estufamos o peito pra cantar nosso hino, onde mesmo aqueles que não cultuam as tradições, as respeitam. Um estado de onde vieram grandes personalidades, Leonel Brizola, Jânio Quadros, Qorpo Santo, Bento Gonçalves, General Neto...

Um lugar onde existem as quatro estações do ano, onde as mulheres são brancas no inverno e bronzeadas no verão. Um lugar onde os homens defendem a honra de sua família, um lugar onde o povo não baixa a cabeça por qualquer motivo.Eu tenho orgulho de ser gaúcha, de ter um passado glorioso, de ter raízes fortes em solo tão rico.

Que não apenas eu, mas toda a nossa geração não deixe morrer o que de mais bonito o Rio Grande tem: Seu orgulho.

sábado, 19 de setembro de 2009


MISTO QUENTE
(Rogerio Colombelli Mielke)

Já que não pode com os inimigos, junte-se a eles.

Eu do adoro a liberdade de expressão, ela nos deixa tão livres pra falarmos de tudo, menos dos políticos é claro. Mas também o que teríamos pra falar desse seres que fazem tanto por nós, se empenham em conseguir aumento de empregos, ajudam os pobres com seus bolsas isso e aquilo, não gastam o dinheiro publico com futilidades como viajar para a Europa com a família, não empregam a família inteira em um trabalho que se resume em fazer nada para depois descansar, são julgados corretamente e com linha dura, nunca se envolveram em esquemas do tipo mensalao, moram em casas humildes e não em castelos, sabem tudo sobre leis , vivem em harmonia entre eles, nunca havendo uma discordância ou briga. O que teria eu pra falar desses seres grandiosos e empenhados.

Eu adoro a democracia, que grande feito para nós brasileiros. Hoje nós temos sempre em quem votar, se bem que todos os políticos são bons, então agente sempre tem duvida porque são tantas as opções. A festa da democracia é tão bonita, todo o povo numa alegria comparecendo aos seus locais de votação e com o pensamento de que virão políticos tão bons quanto os passados, que farão tantas melhorias quanto os outros. Nos dias de eleição basta olhar para a cara das pessoas para ver a satisfação das mesmas.

Por fim, eu adoro o povo Brasileiro, esse povo rico, com trabalho de sobra, que não sabe o significado da palavra miséria, que mora em casas boas e seguras, que podem andar tranqüilos na rua sem se preocupar em ser assaltados, ou seqüestrados. Um povo que anda com a cabeça erguida de tanto orgulho das pessoas que elegeram para representar-lhes.

Nessas horas eu penso: Como somos felizes.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009



A VOZ DOS BASTIDORES
(Vinicius Severo)


O ultimo abraço
Depois de se preparar e escolher a melhor roupa para a festa daquela noite, Paulinha foi ao salão dar um trato no cabelo. Fazia tempo que não saía com o namorado Cadu e estava louca para fazer uma surpresa e entregar o presente que há tanto ele pedia... A noite teria que ser perfeita, como ela sonhava. Nada de magia, ela só queria encontrar a felicidade. Linda, esperava o amado chegar a sua casa para dividirem a grana do táxi e ir para a balada que agitava toda a cidade naquele final de semana.Radiante, os segundos pareciam demorar a passar e ela mal via a hora de poder estar perto do seu amor naquela noite que tinha tudo para ser especial. Ao olhar pela janela, avistou aquele rapaz escondendo as flores e se preparando para tocar a campainha. Rapidamente Paulinha foi dar a última olhada no espelho para atender o amado, deu um toque no cabelo e pronto. Ao abrir a porta, lá estava ele impecável com um sorriso nos lábios, e sem pensar entregou a ela as flores. Há tempos Paulinha não se sentia tão feliz e não tinha como não transbordar de alegria com aquelas lindas flores. Ainda assim, sentia algo diferente no olhar de seu amado. Minutos depois saíram de casa e pegaram o táxi. As luzes da noite refletiam no seu rosto e abraçada em seu amor ela esquecia do mundo, aquele abraço a confortava tanto e o perfume dele amenizava a saudade que sentira nas últimas semanas.Logo que chegaram à boate, Cadu logo abandonou Paulinha para se juntar aos velhos amigos e se agarrou a uma latinha de cerveja. A menina sentia que todo o encanto da noite começava a se dissipar, mas tentaria impedir o afastamento do amado ao tocar a música deles, uma canção pop antiga de quando se conheceram em uma viagem. Correu na direção dele e o abraçou dizendo: “lembra, amor?”. Ele mal respondeu e foi contrariado para a pista de dança com a namorada. Paulinha sentia Cadu longe e não entendia o que estava acontecendo. Na verdade, tinha medo de admitir o que sentia... Depois da dança em que deram o último abraço, o garoto voltou a se afastar e Paulinha ficou com suas amigas. As horas passaram e ela triste não sabia o que pensar, já tinha vontade de ir embora, quando uma das amigas avisou: “Paula, não é o Cadu lá com aquela menina?”. A menina ficou imóvel, apenas levantou-se e foi embora para casa, aos prantos. Depois de chorar e se trancar em casa, incomunicável por dias, uma mensagem apareceu no seu celular bem no momento que decidiu o ligar. Foi suficiente para ela entender aquela noite: “amor, me desculpa... Não tive coragem de confessar, estou com câncer e não sabia como te contar, por isso fiz aquilo. Espero que um dia me perdoe. Sempre teu, Cadu”.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

VIDA EM VERSOS

Pessoal, hoje começa a coluna do poeta e academico de administraçao Vagner Kurz, ele vai nos brindar com as melhores de suas poesias. Pra quem aprecia é um prato cheio, pois ele escreve realmente com o coraçao. A coluna se chama Vida em Versos, espero que gostem.Abraços

VIDA EM VERSOS
(Vagner Kurz)
ORGULHO GAÚCHO
Um sentimento latejante
Um orgulho que aflora o peito
20 de setembro uma data pra todos os feitos
Sul-Riograndense pelo pedaço de chão
Gaúcho pelas coisas que brotam do coração

Um vivente que pela pátria sulina foi parido
Em sangue sagrado banhado pelo amor à tradição
Viver sempre sentindo orgulho deste rincão
Em trajes esfarrapados lutando ao maior vigor
Gaúcho é lutar sempre sem deixar o Rio Grande na mão

O verde de nossos pampas
O amarelo de nossas riquezas
Cruzando de fora a fora o vermelho de nossa dor
Nunca flochando as esporas
Em defesa da Tricolor

Numa mão uma lança afiada
Em outra as rédes firmadas
Um lenço no pescoço mostra o seu lado
Nas façanhas a alma vertente
De um povo que tem orgulho das coisas que sente

Deus permita que desta terra eu não parta
Sem espalhar os meus sonhos em forma de versos
Os meus amores em forma cantada
Até onde os meus gritos fizerem ecos

Lá estará um gaúcho no seu cavalo montado
Com jeito imponente e alma lavada
Com um sentimento no peito
Trazendo com maior respeito
O orgulho de pertencer a este estado

terça-feira, 15 de setembro de 2009

XIS

Hoje começa a coluna fixa da academica de Jornalismo Leticia Pereira. A coluna se chama XIS e vai falar sobre diversos temas da area cultural. Fiquem com essa leitura que é maravilhosa. Aproveitando o espaço para lembrar, que voces podem mandar emails com os seus artigos para avozdavez@yahoo.com.br de preferencia com foto,nome e ocupaçao para podermos dar os merecidos creditos no texto. Um abraço a todos e obrigado



XIS
(Leticia Pereira)
Slumdog Millionaire*
Quais as probabilidades de um jovem que trabalha servindo chá em uma empresa de telemarketing ganhar um programa de perguntas e respostas no estilo do Show do Milhão? A mesma que um filme indiano tem de ganhar 8 Oscars.
Jamal Malik cresceu nas favelas da Índia, em Mumbai,(a capital financeira da Índia, habitat de uma população miserável, submetida às mais degradantes condições de vida e de todo um universo de exploradores) junto com seu irmão Salim. Apesar da extrema miséria era uma criança feliz, fã de Amitabh Bachchan (ator que apresentava a versão indiana do programa de TV “Quem Quer Ser um Milionário?” e que faz uma participação especial no filme). Depois de presenciar o brutal assassinato de sua mãe, ele e o irmão têm que aprender a se virar sozinhos. Ele então conhece Latika, outra menina órfão, e é na sua infância triste que ele encontra as respostas corretas para o programa Quem Quer Ser um Milionário?
Ninguém entende como um jovem vindo da periferia consegue chegar tão longe no programa, e ele acaba sendo preso e torturado, por suspeita de trapaça. Depois de solto, ele volta para o programa para responder a pergunta que vale 15 Milhões de rúpias, motivado pelo amor que sente desde criança por Latika.
Com roteiro de Simon Beaufoy, baseado no livro de Vikas Swarup, e direção de Danny Boyle, o filme é fantástico. Em duas horas consegue retratar de forma realista a situação das favelas e o abuso infantil muito comum na Índia. Os três atores mirins que protagonizam o filme Ayush Mahesh Khedekar (Jamal), Rubiana Ali (Latika) e Azharuddin Mohammed Ismail (Salim) serão exceções dessa triste realidade: uma clausula em seus contratos garante que até os 16 anos eles serão levados ao colégio por um motorista contratado pelos produtores do filme.
Ganhador de 8 Oscars, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição, Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção Original (“Jai Ho”) e Melhor Som. 4 Globos de Ouro, nas categorias de Melhor Filme – Drama, Melhor Diretor, Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora. 7 prêmios no BAFTA, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora e Melhor Som. E o Prêmio do Público, no Festival de Toronto.
A história do orfão apaixonado, que se aventura num programa de televisão, a trilha sonora perfeita, a fotografia, e os toques certo de comédia a tragédia fazem deste filme um dos melhores do ano.
(*) "Slumdog" - o termo polêmico cunhado pelos cineastas para descrever os jovens favelados de Mumbai e que está no título original do filme, "Slumdog Millionaire" – foi considerado o novo termo, a nova modinha, de Hollywood.

domingo, 13 de setembro de 2009



ENTRE ASPAS

(Pablo Raphael Severo)
Hooligans

O caso já é antigo, mas atual e deprimente como pessoas ‘racionais’ se atacam aos paus e pedras, socos e pontapés. Tal forma nota-se em torcidas organizadas espalhadas por diversos países, que por um simples objetivo, defender sua reputação de briguentos e barra pesada. Hooligans como é chamado um grupo de torcedores, mais precisamente Inglaterra, Croácia, Polônia, Alemanha e Rússia, que encontram no futebol o alvo exato de motivo de suas brigas. No Brasil não esqueço o canibalismo explicito em pleno Pacaembu em 95 em um Palmeiras e São Paulo, foi um final, onde invadiram o campo e se gradearam armados de barras de ferros, punhos fechados, e com certeza de ódio pelas cores adversárias, porém o mais chocante foi que após esta tragédia, o órgão responsável não tomou alguma providência necessária para acabar com estes ‘torcedores’, tal termo tenho como recordação ir com a família, entoar canto de apoio ao time, em estádio do interior levar sua bergamota companheira, e armando um sono em plena arquibancada. Ocorreu na Inglaterra o estopim desta barbárie, em um final da Liga dos Campeões entre Liverpool e Juventus, onde morreram mais de 30 pessoas, a partir desta partida, a UEFA, junto com os clubes e órgãos das entidades, fizeram planilhas e modos de segurança, sendo a década de 70, o momento mais relevante da historia dos hooligans ainda presentes, em bares, concentrados na espreita esperando um inimigo para entrar em ação. O Filme Hooligans, trata sobre onde a GSE, organizada fictícia do West Ham, demonstram seu ideal, e realmente existe esta torcida, porém, chama-se ICF, que não aceitam jornalistas, o que é estranho, eles adoram a mídia, e estrangeiros, e gostam do reconhecimento, controverso. O tão aguardado encontro com o Millwall ocorreu na Taça da Inglaterra, onde dentro do Upton Park, os Hammers (West Ham), invadiram o campo duas vezes, tornando a partida um caos, eram exaltados, com uma quantidade de álcool, provavelmente alta no sangue. Mais um pouco sobre o filme, sou adepto da tese que deveriam deixa-lós em uma área até que se matem, e prive a sociedade desta batalha campal como é no Brasil. Logicamente que não é assim que ocorre, mas atitude a qual admirável, a apenas punhos, sem armas letais. Comparar a animais irracionais seria subjetivo, ou somos mais do que nunca uma macaco evoluído, com claras demonstrações de emoções ?

sábado, 12 de setembro de 2009


A VOZ DA GALERA
(Fernanda Fernandes)

"O Conselho Estadual de Educação (Ceed) decidiu nesta quarta-feira manter os duzentos dias e 800 horas letivas nas escolas que prorrogaram as férias devido à gripe A. As escolas gaúchas terão que recuperar as aulas perdidas, seja por meio de aulas nos sábados ou ampliação do calendário escolar, segundo a presidente do conselho, Cecilia Farias."(zero hora do dia 09/09/2009)
Eis aí o resultado do pânico que tomou conta da população gaúcha em razão da temível gripe A. Porém, a pergunta que não quer calar: era preciso tudo isso? Tudo bem, a doença já matou cerca de 130 pessoas no estado, é grave, exige algumas mudanças de hábito, mas era realmente necessário o adiamento da volta às aulas? Afinal, o vírus não iria se dissipar em 14 dias, iria?A Secretaria da saúde do estado juntamente com a secretaria de educação, foi imprudente tomando uma decisão tão drastica. Será que a distribuição de máscaras nas escolas não seria o mais correto? O Resultado de tal atitude se refletirá no ano letivo dos alunos, que entrarão janeiro adentro em aulas. Nesses momentos poucos pensam naquele aluno do terceiro ano do ensino médio, que vai prestar vestibular e ENEM, e que provavelmente será lesado.Um erro realmente lamentável por parte de um governo que cada dia têm se mostrado mais corrupto e menos preocupado em atender as necessidades do povo gaúcho.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Misto quente

Bom galera, agora o blog vai funcionar de maneira um pouco diferente.Em vez de dividirmos por temas, cada colunista do Blog escrevera sobre o tema que mais lhe interessar, e com isso cada coluna terá um nome especifico. Hoje eu, Rogerio Mielke, inicio com a minha coluna que se chama Misto quente. Hoje leiam um Stand up escrito por mim, espero que gostem.





MISTO QUENTE

Minorias ou maiorias? A maioria é quem sabe

Toda sala de aula tem pelo menos um mala. Se você discorda disso ou acha que todos da sala são malas, então preocupe-se pois o mala é voce. Mas não é de malas, contêiner, sala de aula ou de voce que eu vou falar. Vou falar das minorias ou das maiorias, depende do que a maioria decidir. Uma coisa que tem tudo a ver com a maioria, é a linguagem. Quando voce nasce, uma maioria escolhe-te um nome, e como voce é minoria sua opinião não conta e mesmo que contasse acho que voce não teria argumento para contestar, alias quando voce nasce voce nem sabe o que querem dizer as palavras argumentos e contestar. Mas tem algumas crianças que não nascem chorando e só começam a chorar quando o medico diz: Bem vindo ao Mundo Serafim do Pinto Grosso. Pelo menos eu choraria e muito com um nome desses.Voce vai crescendo, chega na adolescência, todo mundo se arria no seu nome, e em você, por ser feio. Mais espera um pouco, porque acham que voce é feio. A feiúra depende do ponto de vista de cada um, pelo menos sua mãe disse pra não se preocupar porque voce é bonitinho, será que é porque voce é a cara dela ?. Seu pai não respondeu quando voce perguntou se era muito feio, disse que ia comprar cigarro e faz 6 meses que não aparece em casa. A sua vó também não conseguiu te responder, pois desmaiou no dia. Depois outro dia voce tentou perguntar pelo telefone, mas do nada a ligação caiu.Infelizmente a minoria( 1 pessoa) acha que voce é bonitinho e a maioria o contrario, não que voce se ache feio, mas é, por maioria de votos.Outra coisa que não entendo são esses apelidos que dão pra gente. Me chamam de Chupa cabra, e eu até vegetariano sou, não sei o que tenho a ver com esse chupa cabra,ainda mais que nunca chupei uma cabra, sou virgem ainda. Mas a maioria decidiu então não posso recusar. Tudo na vida é feito de acordo com a maioria. Até os nomes que dão pras coisas. Por exemplo o automóvel, o pessoal achou que o apelido para esse conjunto de rodas, motor, aço, freio e etc era carro. Esta certo que automóvel e carro tem tudo a ver, nas duas palavras são as mesmas letras e tal, dãã. Antes do carro ser inventado tinha um veiculo que era movido a cavalo em vez de motor, ai acharam que para dar o nome para esse veiculo, era só acrescentar o ÇA. Deram o nome de carroça no troço. Entao quer dizer que o ÇA no grego significa: Substituiçao do motor por um animal quadrúpede chamado cavalo. Adoro o grego, duas letrinha dizem tanta coisa. Mas mudando e voltando ao assunto, o que quer dizer essa frase: Toda sala de aula tem um mala. Ora porque mala, porque uma pessoa chata se chama mala, porque não se chama nécessaire, ou mochila, ou sexto de roupa suja? Porque a maioria quis que uma pessoa chata se chamasse mala. Putz mas não acho as nossas malas portáteis tão chatas quanto os malas da sala de aula, será voce?.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A voz dos bastidores

Pessoal tenho o orgulho de apresentar essa coluna especial, feita por meu amigo Vinicius Severo que é colunista do Jornal do Povo e Editor chefe do novo jornal Formigao, que já é sucesso entre os Jovens de Cachoeira do sul. Entao fiquem com as cronicas bem humoradas e inteligentes, desse grande escritor.


A VOZ DOS BASTIDORES
(Vinicius Severo)
A infidelidade não sai da moda
A infidelidade ainda é um dos temas mais atuais do mundo, presente normalmente nas rodas de conversas femininas com ares de lamentações e muitas ofensas aos galinhas, safados e mais adjetivos pejorativos do nosso dicionário. A grande questão que paira sobre as pobres cabecinhas de homens e mulheres premiadas com o adorno é o porquê do ato, que pode ser desde um beijo até a consumação do fato em lençóis de cetim em um quarto de motel.Explicação, na verdade, não existe. Razões e desculpas brotam de todos os cantos, a preferida, ao menos dos marmanjos, é culpar a bebida. Mulher é discreta, trai às escuras, mas como qualquer ser humano precisa contar seus feitos, e o momento do arrependimento é o seu principal erro. E a lamentação não está na infidelidade, mas sim na publicidade do crime, ora pensar que o idiota descobriu tudo e agora quer divórcio. Então inicia a fase mais estúpida que é negar as evidências contrárias, e mesmo de forma incompreensível, o transgressor do relacionamento consegue convencer o chifrado de que não aconteceu nada e ainda ganha com isso mais liberdade porque estava preso. Agora, livre, pode continuar a vida pecaminosa à vontade. O mundo segue seu ritmo natural, amores nascem e as traições aumentam, as amantes ainda sonham em ser as matrizes, sem perceber as vantagens que possuem sendo apenas filiais.Classificar as raças de infiéis é complicado, e ninguém pode se sentir à vontade para dizer que nunca traiu pois há todo tipo de interpretação para a infidelidade. Uma das raças mais interessantes de infiéis, ainda assim, é a dos esportistas. Não, esqueça os jogadores de futebol. Os infiéis esportistas são os que praticam a arte apenas por esporte, virou parte da rotina enfeitar a cabeça do amado. Sim, porque de qualquer forma, o companheiro, ainda que ingênuo, é amado, existe carinho na relação maculada pela infidelidade.Então, as pessoas precisam se decidir se vivem na moda ou se querem uma vida alternativa, singela, porém, verdadeira. Trair está na moda, o amor já saiu faz bastante tempo.

terça-feira, 8 de setembro de 2009


ENTRE ASPAS
Novamente uma nova discussão entre os irmãos Gallagher, o Oásis está provavelmente perto do fim. E me pergunto estes amantes do Beatles, sem polêmica, composições do Noel, tardio o post, mas não menos interessante esta história do meu amigo Rodrigo. Algo que devo a ele esta estória. Portanto ele escreveu. Parabéns gostei muito e gostaria de dividir isso com vocês.
"Please don't put your life in the hands of a rock'n'roll band". O alerta foi feito por Noel Gallgaher lá em 1995, na canção Don't Look Back In Anger. Mas eu não ouvi. Eu nunca ouço. Então com 13 anos, eu tinha recém descoberto uma incrível engenhoca: a antena UHF. Pluguei a dita cuja na TV do quarto dos meus pais, a única que tinha tecnologia para tal, e desobri a então quase-amadora MTV brasileira. Todo um mundo novo, diferente daquele das ruas brasileiras e da Globo. Uau, havia vida além do Rio de Janeiro! Era o meu universo íntimo que aparecia na TV, a minha vontade de jogar bola, ser um hooligan e ouvir rock.Começava a se desenhar para mim toda uma concepção diferente do que é arte, do que é música, mas, antes de tudo, de qual é o sentido da vida. Ou seja, nenhum. Ou, quem sabe, balançar a cabeça de olhos fechados e sonhar. Essa segunda possibilidade eu descobri nos acordes de um guitarrista marrento, óculos igual a John Lennon, cabelo idem.Joguei minha vida nas mãos de uma banda de rock, justamente como o tal guitarrista me alertou para não fazer, logo no início. Hoje, aos 26 anos, vejo a consequência do erro se materializar em lágrimas ao lado de outras 20 mil pessoas inconformadas, às margens do Rio Sena, na França. Estamos todos aqui porque, em algum momento, jogamos nossas vidas nas mãos de uma banda de rock, mais especificamente nos acordes e na voz de dois porra-loucas completamente inconsequentes, gente que jamais mereceria ter nas mãos os sentimentos de qualquer um. Mas jogamos nas mãos deles porque somos exatamente iguais.Aos 13 anos, eu via Liam com 20 e poucos e pensava: "Eu sou igual a esse cara". E, no fundo, eu sabia que, quando eu tivesse quase 30, como agora, eu continuaria sendo um imbecil apaixonado e inconsequente como ele, jogando todas as coisas importantes da vida para o alto como ele.E é por isso que nessa madruaga parisiense, triste como há tanto tempo eu não ficava, eu consigo entender o cancelamento do show do Oasis meia hora antes de a banda subir ao palco do festival Rock In Seine, diante dessa multidão. Estamos aqui, todos incrédulos diante do palco enquanto uma voz metálica no microfone repete: "O show do Oasis não acontecerá".Pouco depois daquele hipnótico ano da antena UHF, o Oasis tocou no Brasil pela primeira vez. Ainda adolescente, sem um puto furado, nem cogitei ir até São Paulo vê-los. Em 2001 veio a redenção, encarei um ônibus horas a fio até o Rio de Janeiro para conferir a turnê de Standing on The Shoulders of Giants, no Rock In Rio. O show foi frio, diante de um público hostil. Mas não me importei.Só no que eu pensava era no encontro às cegas marcado pela internet há semanas e que se materializaria ali, naquele areião do Rio de Janeiro. Obviamente, não conseguimos nos encontrar em meio às 200 mil pessoas daquela noite de domingo. Nada que nos impedisse de nos encontrarmos poucos meses depois, em Porto Alegre, para então passarmos quatro incríveis e longos anos juntos. Assim foi meu único show do Oasis, o prenúncio de um romance eterno, mesmo que tudo viesse a acabar alguns anos depois.Em março de 2006, quando tudo já estava perdido nas brumas daqueles últimos quatro anos, chorei no Aeroporto Salgado Filho, com o ingresso do show no bolso, ao perder o último voo para Buenos Aires. Cheguei ao aerorpoto segundos depois de o avião decolar, ainda a tempo de ouvir as últimas palavras da tal garota do Rock In Rio ao telefone: "Eu to indo".Ela foi a Buenos Aires, eu fiquei em Porto Alegre, e depois ela iria para longe, longe, longe, de forma que jamais nos veríamos de novo. Ou jamais da forma como deveríamos nos ver. Era para ser o nosso último final de semana para sempre. Perdi o show do Oasis e outras coisa que eu jamais conseguirei mensurar.Foi naquele início de tarde, no aeroporto Salgado Filho, que fiquei sem reação pela primeira vez. Entende, ficar sem reação? Não é uma coisa comum. Ficar REALMENTE sem ter noção de como se comportar. Sem saber se chora, se ri, se se mata, se fica feliz. Exatamente, é isso o que você está pensando: parar no tempo. Eu ouvia as pessoas passando a minha volta, naquele ruído de não-lugar típico dos aerportos e não sabia o que fazer. Congelei.Sentei num banco e fitei o nada. Foram cerca de cinco horas sentado no Salgado Filho sem ter a menor ideia do que fazer. Como fui perder o avião para o show do Oasis? Pessoas me ligavam no telefone, outras que passavam me olhavam estranho. E eu olhava a parede com o cérebro zerado. Nada me ocorria diante de tamanha tragédia. Parecia que não havia mais nada para se fazer na vida. Um sentimento tão nulo que achei que jamais sentiria de novo.Pois aconteceu outras duas vezes. Uma delas, talvez a pior, me fez perder o show do Oasis em Porto Alegre, no último mês de abril, quando um sentimento maior me obrigava a estar a milhas e milhas e milhas de distância do paralelo 30 sul para não enlouquecer. Pois a terceira foi de novo por causa do Oasis, hoje. Cá estou, encarando o palco do Rock In Seine, depois de esperar oito anos por este show, este que, diante da tensão que há entre o grupo ultimamente, era anunciado como o possível último show da banda. Mas não chegou nem a ser o último show.Cá estou diante do telão que pisca dizendo "o show do Oasis foi cancelado". Cá estou em meio à multidão inconformada. Alguns choram, outros jogam o que tem à mão em direção ao palco. Outros dizem que é o fim da banda, afinal, um cancelamento desses, deixando na mão um dos mais importantes festivais da Europa — e, principalmente, o fim da turnê de quase um ano, que deveria encerrar neste fim de semana —, não é normal.Eu estou, de novo, pela terceira vez em 26 anos, travado. Não sei como reagir. O sentimento de azar é maior do que qualquer coisa, e só no que consigo pensar agora é num conselho, aquela coisa que, se fosse boa, ninguém daria. Pois aí vai, caro leitor, do outro lado do oceano: não coloque a sua vida nas mãos de uma banda de rock nem nas de mulheres de cabelos negros e sorrisos encantadores. Mas, se colocar, saiba que o caminho é árduo e irreversível. Depois não diga que eu não avisei.

PS: Ao chegar em casa, leio no noticiário a confirmação. Noel Gallagher deixou o Oasis. O que deve ser, certamente, o fim da banda.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

PRAZERES LITERARIOS
(Rogerio Colombelli Mielke)

Quando cheguei na biblioteca da minha cidade e pedi uma sugestão de livro, elas me aconselharam uma literatura chinesa. Eu dei uma risada cheia de pré – conceito, ora vou ler literatura chinesa aqueles livros cheios de peixe cru onde se usam dois palitos pra comer em vez do confortável garfo e faca. Mas eu resisti e por uma livre e espontânea pressão por parte das bibliotecárias eu aluguei o tal “A montanha e o Rio” do escritor Da Chen. Após o termino da leitura eu ouso dizer que foi o melhor livro que li esse ano. O livro é perfeito, a historia é incrível, os personagens apaixonantes porem é uma leitura extensa com suas quase 500 paginas, mas pra quem tiver saco e paciência eu aconselho e muito a obra. O período histórico vai dos anos 60 até o final dos anos 80,contando toda a historia comunista da china nessa temporada. Para as pessoas que gostam de um romance não pensem que esse livro é somente político, pelo contrario, é o romance que praticamente move toda a política do livro. A obra narra a historia de dois irmãos, porem um foi abandonado e o outro viveu uma vida de rei, então se nota como diferentes criações podem gerar pessoas tão diferentes, mesmo sendo do mesmo sangue. Essa é a linda e trágica historia do triangulo amoroso entre Shento Long, Tan Long e Sumi Wo. Para quem ficou boiando Sumi Wo é a mulher da historia. Então deixo aqui minha dica para quem, como eu, achava a literatura chinesa muito chata mas esta aberto para mudanças de opiniões. Um abraço a todos e se divirtam e chorem muito com essa obra magnífica.


TITULO: A MONTANHA E O RIO





AUTOR: DA CHEN





EDITORA: NOVA FRONTEIRA

sábado, 5 de setembro de 2009


TEOGONIA( a origem mitologica do mundo)
(Leticia Pereira)
Então Cronos continuava devorando os filhos que tinha com Réia, com medo de que um deles fizesse o mesmo que ele tinha feito com seu pai. Cronos comeu Hera, Hades, Poseidon, Héstia e Demeter (não me pergunte como ele não teve uma indigestão). Quando Réia se viu grávida pela sexta vez, foi “chorar as pitangas” com a sogrinha Gaia (que já se sentia bem mais feliz sem ninguém dentro dela). Gaia tinha se desentendido com Cronos, que depois de uma briguinha boba, tinha prendido seu irmãozinho Hecantônquiro (aquele gigante simpático de 50 cabeças e 100 braços), no Tártaro.
Réia e Gaia (nora e sogra quando se unem sempre são perigosas) esconderam o bebê em Creta, deixando-o aos cuidados das Ninfas (alguns dizem que foram os Centauros que cuidaram dele). O bebê foi chamado Zeus (tesouro que reluz) e era alimentado por uma simpática Cabra.
Réia finge para Cronos que está em trabalho de parto (os maridos nunca percebem nada) e dá pra ele uma pedra enrolada em panos (algumas versões dizem que foi um potro) que engole, pensando que era seu filho.
Quando chega à idade adulta Zeus dá a Cronos uma bebida que o faz vomitar todos os filhos que tinha engolido, agora já adultos. Então se inicia uma “guerrinha” familiar: Cronos, com a ajuda de seus irmãos

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

ENTRE ASPAS

É com prazer que eu anuncio o inicio de uma nova coluna. A coluna se chama entre aspas e sera escrita pelo meu grande amigo Pablo Rafael Severo, academico de direito e excelente escritor. Ele vai falar sobre temas variados mas que com certeza agradaram os leitores. Um abraço a todos e Pablo seja muito bem vindo, estamos muito felizes com a tua presença.

ENTRE ASPAS
(Pablo Rafael Severo)
Questiono-me neste precioso momento, de definir como irei descrever meu sentimento de alegria em contribuir com o meu amigo Rogerinho Mielke e Letícia, a responsabilidade e persistência de postar assuntos variados no blog A voz da Vez, portanto darei meu primeiro relato como colunista.. Aproveitando uma entrevista dada ao Programa do Jô(01/09/09), Jurandyr Czaczkes, conhecido como Juca Chaves, o qual considero o ‘humorista mais culto e inteligente’ deste país, mera opinião, não desmerecendo outros mestres, Chico Anysio, criador de inúmeros personagens, durante seus 78 anos, Ronald Golias, gênio do humor brasileiro, tristemente faleceu em 2005, e renegados da mídia televisiva como próprios se definem Ari Toledo, Moacir Franco, Paulo Gracindo, Jô Soares, Renato Corte Real, entre outros. Por quê? Pergunta que faço, quando vejo legitimas porcarias, sem talento algum nesta caixa preta de enorme proporção para grande parte da nação, marionetes arranjadas em teatros e as vezes amigos desempregados, tristemente vejo sendo manejados, por fios, leia-se fios e cordas, onde o diretor ‘pede’ e o pobre indefeso acata, citarei apenas um, Diogo Portugal, brilhante no stand up (comédia em pé), contratado da gigante carioca, com seu personagem infame, acatou, perdeu um freqüentador. Voltando ao grande Juca, admiro o trabalho desde que vi uma peça do espetáculo na internet, passando a mesas redondas espalhadas em São Paulo, comentando a brincadeira séria que é o Futebol. Talento irretocável para contar piadas e estórias pessoais, com esperteza, driblou a censura no regime militar (1964-1980), quando João Goulart foi deposto por um golpe de estado, liderado pelo alto escalão do Exército. Assumiu em Castelo Branco, onde ficou 3 anos no poder, e com João Figueiredo na república até meados 1985(término da ditadura). Experiência pelo qual membros do Estado, eram postos em faculdades federais, que escancaradamente colhendo informações dos estudantes das Universidades, José César Pereira Filho, relatou em aula. Dizem que é no humor que estão os mais inteligentes, não sei, mas Chaves, astuto, ‘burlou’ com inteligência e um toque refinado, com suas sátiras criticando o regime militar, incomodou o governo de Salazar, foi exilado nos década de 70 em Portugal, logo quando voltou apresentando programas de televisão, um de seus bordões mais conhecidos: ‘’Vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar". Em uma sociedade claramente carente do contato pessoal e de risos, seja do que for, nomes como Juca Chaves entre outros irá ficar na memória de quem já gargalhou com seus contos fora de série. Escrevo durante um mistura de alegria com os que me cercam, e com desprezo uma pessoa, portanto irei expor opinião, sobre esporte no município e mundial, Gre-nal com imparcialidade, necessidades, variedades, relacionamento e afins, portanto peço para que comentem; vida que segue.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Profissional da vez

Hoje tenho orgulho de anunciar uma nova coluna. A coluna profissional da vez tem como objetivo ajudar o vestibulando na escolha da sua profissao. Começaremos hoje com uma grande profissional da area da Fonoaudiologia, a Gabriele Donicht. Ela é formada em Fonoaudilogia e doutora na area de aquisiçao de linguagem.



PROFISSIONAL DA VEZ
(Gabriele Donicht - Fonoaudiologa)
A escolha por minha profissão foi algo tranquilo e natural. Sempre tive certeza que seria na área da saúde, pois, por mais complicada que sejam as relações humanas, é muito gratificante poder ajudar as pessoas que necessitam de ajuda. Meu irmão realizou tratamento ortodôntico por, aproximadamente, sete anos. Concomitantemente, ele tinha que fazer terapia fonoaudiológica para reeducação da respiração e da deglutição. Eu acompanhava sua dedicação e achava o máximo os exercícios que lhe eram passados.A partir daí, iniciou o meu interesse pela área da fonoaudiologia, ciência que tem como objeto de estudo a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na função vestibular, na função cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orofaciais e na deglutição (Conselho Federal de Fonoaudiologia).
Todas as matérias de revistas, jornais, dentro da área de fonoaudiologia me interessavam. Conversava com a fonoaudióloga que atendia o meu irmão e, quando possível, acompanhava-o em seus atendimentos no consultório. Ainda, havia a possibilidade de acompanhar a fono na Equoterapia, projeto do qual ela fazia parte.
Então, estava decidido! Eu seria uma fonoaudióloga!
Sabia da existência de três cursos de fonoaudiologia dentro do estado, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Instituto Porto Alegre (IPA) e na ULBRA Canoas. Almejava a aprovação na instituição federal, por ser reconhecida, na época, como a melhor faculdade de fonoaudiologia do país.
Porém, no primeiro vestibular não fui aprovada e resolvi fazer fisioterapia na UNISC para me ambientar com uma universidade. O plano era o seguinte: faria um semestre de fisioterapia e no segundo semestre iria para Santa Maria fazer cursinho pré-vetibular. E foi o que aconteceu. Fui para SM, me preparei, fiz o teste de aptidão (necessário para se ingressar no curso de fonoaudiologia da UFSM), passei no teste e no vestibular!
O curso de fonoaudiologia na UFSM tem duração de quatro anos, é bastante puxado, já que se atende pacientes com os mais diversos problemas que envolvem a área.
Sou bastante realizada em minha profissão e a escolha não poderia ter sido mais feliz! Adoro os atendimentos em consultório, mas não quero parar de estudar! Por isso, tento buscar o meu aperfeiçoamento, e hoje estou imensamente satisfeita com o meu doutorado na área de aquisição de linguagem!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

IMAGENS BIZARRAS


Essa tal de gripe suina revolucionou o mundo, até os contos de fada foram modificados. Veja abaixo: